A Associação Evangelística Billy Graham (BGEA, sigla em inglês), liderada por Franklin Graham, criou um fundo especial para apoiar cristãos no Reino Unido – incluindo Liverpool, Sheffield, Glasgow e Newcastle – e Europa que enfrentam perseguição por expressarem sua fé publicamente.
A ideia do fundo de defesa teria sido aprovada pelo próprio falecido Billy Graham, de acordo com o advogado Justin Arnot, que representa Franklin Graham e a BGEA, acrescentando que o evangelista era “um embaixador de Cristo, e isso era verdade em todos os contextos”.
O “Fundo de Defesa Billy Graham”, chamado por Franklin Graham de “fundo de guerra”, é uma iniciativa que surgiu após batalhas judiciais bem-sucedidas contra cancelamentos de eventos evangelísticos, motivados por pressões de grupos ativistas LGBT e seculares, após opiniões de Graham sobre casamento e extremismo islâmico.
Na época, houve uma onda de ataques nas redes sociais, especialmente no X (ex-Twitter), com Franklin Graham sendo chamado por oponentes como um pregador de ódio.
Campanhas evangelísticas
Esses oponentes se opuseram à concessão de uma plataforma para o evangelista pregar. Assim, todos os locais pré-reservados para as campanhas evangelísticas foram retirados dos compromissos com “quase nenhuma comunicação com qualquer um desses locais”.
Segundo Graham, o fundo visa garantir que a mensagem de Cristo continue sendo anunciada, mesmo diante de tentativas de silenciamento. A BGEA já arrecadou mais de £1 milhão (pouco mais de R$ 7 milhões) para esse propósito.
O fundo será usado para apoiar legalmente pregadores de rua e outros cristãos que enfrentam ações judiciais ou restrições por sua fé.
“Queremos que os cristãos sejam encorajados a não deixar isso passar quando apropriado, e queremos fornecer alguma assistência financeira, reconhecendo que há um custo significativo em defender esses direitos”, afirma Arnot.
Defesa à liberdade de expressão
Até agora, o dinheiro foi canalizado para ajudar a divulgar casos judiciais apresentados por grupos de direitos legais cristãos que trabalham no Reino Unido, como a Alliance Defending Freedom (ADF) International ou o Christian Legal Centre.
A organização também pretende educar autoridades locais sobre os direitos legais dos cristãos à liberdade de expressão.
Casos recentes incluem pregadores que foram presos ou multados por compartilharem mensagens bíblicas em locais públicos.
A BGEA acredita que muitos desses casos envolvem interpretações equivocadas da lei ou preconceito contra valores cristãos tradicionais. “Não estamos promovendo ódio, estamos proclamando esperança”, destacou Graham.
Além do apoio jurídico, o fundo também busca fortalecer a presença evangelística em cidades europeias onde a oposição cultural ao cristianismo tem crescido.
Graham enfatizou que o Evangelho é para todos e que “ninguém deve ser impedido de ouvir sobre o amor de Deus”.
A BGEA continua organizando eventos evangelísticos em diversas cidades, mesmo após cancelamentos anteriores. “Não vamos recuar”, declarou Graham. “Vamos continuar pregando o Evangelho com coragem e compaixão.”
